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Mostrando postagens de junho, 2018

Cultura e conscientização ambiental: instrumentos musicais feitos com materiais recicláveis

Qual a primeira coisa que vem à sua cabeça ao ouvir as palavras “desperdício”, “resíduos” e “sucatas”? Na perspectiva da reciclagem, todas elas são sinônimo de oportunidade. O grupo Tambores Pentecostais, que atua no bairro da Zona Sul de Manaus, é um exemplo de como a gestão sustentável de resíduos ganha outro sentido em mãos certas. Lá, eles transformam garrafas, barris e caixas de pizzas em repiques, chocalhos, surdos e até tambores. Em Brasília, o Grupo Cultural Batukenjé segue o mesmo princípio do Tambores Pentecostais: transformam lixo em música. O mestre Célin du Batuk, também idealizador do projeto social Kombo Arte Afro, faz um trabalho de conscientização ambiental com seus alunos. Os aprendizes, por sua vez, aprendem que bombonas plásticas e latões podem se tornar mini tambores em instantes. O resultado possibilita batidas de funk, maracatu, samba-reggae, soul e xote, que compõem o estilo musical do grupo, que é conduzido com orgulho, e muita paixão, por Céli

Projetos sociais promovem inclusão social e o desenvolvimento da cidadania

Uma das características comuns a todos assistidos em projetos sociais é a resiliência. O que significa isso, afinal? Segundo o dicionário, diz respeito à capacidade de enfrentar obstáculos sem se render, não importa o que aconteça, e de se recompor, se reconstruir e se reinventar, caso seja necessário. Os projetos sociais, sejam quais forem suas áreas de atuação, tornaram-se importantes iniciativas para a promoção da igualdade, da dignidade e, por que não dizer, da resiliência em diversos públicos. Há quem diga que a verdadeira essência desse trabalho consiste em ressignificar o lado humano de cada indivíduo, em ambas as partes envolvidas. Isso implica despir-se de qualquer espécie de preconceito , se permitindo conhecer e transformar realidades paralelas. O filósofo Mário Sérgio Cortella disse, em seu novo livro “Por que fazemos o que fazemos? ”, que o reconhecimento é a melhor forma de estimular alguém. Esta não deixa se der uma das principais premissas dos projetos socia

O batuque que vem da alma

A música não tem classe social, cor, sexo, idade ou credo  —  as pessoas simplesmente se conectam por meio da melodia. Os livros de história nos contam que ela era um instrumento indispensável na formação dos gregos, e as aulas começavam ainda na infância. Pode-se dizer que é, também, uma das mais antigas formas de expressão.  É impossível falar de música e não reconhecer os benefícios que provém dela. Já não restam dúvidas que seja a “língua” dos sentimentos e das sensações . A tese faz sentido.  Para muita gente, especialmente as que convivem em um contexto de desigualdade social e violência, soa como um exercício contínuo para canalizar energias e transforma-las em algo bom. Falo aqui de transmitir o que está impresso na alma, o que as palavras já não alcançam.  Foi assim  —  observando o trabalho desenvolvido por grupos voluntários de percussão nas periferias do Brasil, e a resposta da comunidade diante da iniciativa — que começamos a enxergar o papel social da músic