Não estranhe se algum dia lhe perguntarem qual é a função de um tambor – sejam eles surdos, repiques, caixas, tamborins, cuícas ou atabaques. A resposta é simples: os tambores nos conectam com o nosso Eu.
Há quem diga que, se vibrado no tom e na harmonia certa, são capazes de atingir as mais variadas esferas astrais. Isso se deve principalmente ao fato de o tambor ser considerado um instrumento sagrado, que permite a comunicação entre o homem e as divindades.
Não é à toa que os “tambores” eram usados pelos escravos negros em festividades religiosas e, também, nas apresentações de capoeira. Afinal, ele (o tambor) é tido como o mais importante instrumento musical africano. No Brasil, é a alma das escolas de samba.
Enquanto isso no Japão, o termo “Kyorakuza” – cuja tradução é exatamente essa: som alegre dos tambores – era a prática do instrumento percussivo “taikô”. O objetivo maior do grupo é transmitir os valores da cultura japonesa, entre eles o respeito às tradições.
Verdade seja dita, ele é tão ancestral quanto o ser humano. Historicamente falando, os tambores mais antigos são indígenas – construídos de forma artesanal e com materiais naturais. Já o tambor xamânico, de acordo com a tradição lakota, surgiu há mais de seis mil anos a.C, e era utilizado para criar e manter a saúde física, mental e espiritual do indivíduo.
Em se tratando dos tambores africanos, eles assumem o papel de livros, portanto, transmitem a história desse povo que tanto contribuiu com a nossa cultura. Isso porque reproduzem melhor os tons agudos e graves da língua africana.
Nesse sentido, um projeto social voltado para a valorização da cultura afrobrasileira está fazendo a diferença na vida de crianças e adolescentes, entre 9 e 17 anos, moradores da comunidade Sol Nascente, em Ceilândia. Trata-se do “Kombo Arte Afro”, projeto patrocinado pela Ambev, que ofertou oficinas gratuitas de percussão, dança afro e capoeira, para a comunidade da região, uma das maiores do Distrito Federal.
Em setembro, o evento de encerramento contará com uma apresentação, aberta à comunidade, do que os alunos aprenderam durante os cinco meses de aulas. E, claro, não vão faltar toques dos tambores para contagiar o público e animar ainda mais o ambiente.
por Proativa Comunicação
redação: Nayara Sousa