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A importância de se conhecer e preservar na memória as raízes culturais regionais

É sempre bom refletirmos sobre as nossas origens, afinal, somos uma mistura de etnias diferentes (europeus, asiáticos, indígenas, africanos), a que se dá o nome de miscigenação. Falando de africanos, eles contribuíram, e muito, com a construção da identidade brasileira, daí a expressão "cultura afrobrasileira”.

De modo geral, há influência dos negros na nossa cozinha (milho, feijão preto, amendoim, cuscuz salgado, angu, canjica, pamonha e tapioca), na música (samba, congada, maracatu, cavalhada e moçambique), na religião (candomblé, batuque, sincretismo, omoloko), nas artes marciais (capoeira), e também no vocabulário (bagunça, caçula, cafuné, canga, moleque e sunga). 

Toda a cultura, o poder e a sofisticação desse povo, no entanto, podem ter se distanciado de nós por preconceito, estigma ou mera intolerância. Nem todo mundo endossa integralmente essa teoria. Embora não neguem que os hábitos e costumes afrodescendentes ainda sejam “malvistos” por parte considerável da população brasileira.

Prova disso é quando traçamos um paralelo entre as duas divindades do trovão – falo aqui de “Thor”, o filho de Odin, na perspectiva da Marvel; e de “Xangô”, um dos orixás mais importantes nas religiões de matriz africana –, percebemos duas medidas iguais e dois pesos distintos. Por esse ângulo, vemos a necessidade de conhecer a própria história para entender outras.  

Uma alternativa para combater o preconceito, ao mesmo tempo em que mantêm viva a cultura "afrobrasileira”, são os eventos festivos espalhados por todo o país, como é o caso da Mostra “Teatro Afro em Cena”, que aconteceu em Cavalcante-GO, no fim de semana. Lá, as pessoas puderam conferir produções teatrais, shows, lançamentos de livros e rodas de debates – tudo ligado diretamente à diversidade da produção cultural negra.

Cabe ressaltar que no contexto da comunicação também há outras formas de aprendizagem da cultura. Não é à toa que o ensino da história e tradição “afro” se tornou obrigatório em território nacional, de acordo com a lei 10.639/03. Fato, porém, é que esse assunto continua sendo tratado de maneira folclórica e estereotipada.


A cultura afrobrasileira fez surgir uma legião de adeptos – uma turma que encontra na sua memória cultural a força para encarar os seus problemas, propondo soluções e vendo possibilidades além do possível. O projeto Kombo Arte Afro é um exemplo de resgate dessa cultura, a iniciativa faz a diferença na vida de crianças e adolescentes, entre 9 e 17 anos.  

por Proativa Comunicação
redação: Nayara Sousa