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“Kombo Arte Afro” promove a inclusão social por meio da cultura afrobrasileira

O Ikigai – palavra japonesa que se traduz como a “razão de ser” – do andarilho Célio Zidório, popularmente conhecido como Célin du Batuk, está definitivamente nos tambores. Ainda na infância, o “pequeno” Célin gostava de batucar nas paredes, portas, mesas e garrafas de sua casa. Uma prova de que a percussão, em seu sentido subjetivo, desnuda a alma desse artista por completo, significando o “tic tac” de seu coração.

O mineiro de Cataguases escolheu Brasília para ser seu novo lar, ainda na década de 80. Figura conhecida do cenário artístico brasiliense, Célin atua com cultura popular percussiva há mais de 20 anos. Um dos legados de Célin du Batuk é o Grupo Cultural de Percussão Popular Batukenjé, que coordena com maestria desde 2006. O nome (s.f: vem da língua Yorubá e significa tocar um som alegre e para o divino, levar alegria às pessoas) foi um presente do Mestre Angoleiro.


Unindo o útil ao agradável

A veia da solidariedade – diga-se de passagem, uma herança da mãe Sueli Vecchi – vibra dentro do corpo. Célin sempre acompanhava a mãe nas ações realizadas na Casa de Ismael. Não à toa, o mestre tem seu nome envolvido em diversos projetos sociais aliados à percussão e capoeira, entre eles o “Kombo Arte Afro”
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Kombo Arte Afro

Idealizador do “Kombo Arte Afro”, Célin du Batuk concentra esforços em prol do resgate e também da preservação da cultura popular brasileira. A sua incumbência, conduzida da forma mais nobre possível, diz respeito a todos nós: a humanização do cuidado na formação artística e cidadã dos nossos jovens, sobretudo aqueles que vivem em regiões mais vulneráveis.

O grupo é responsável pelo processo da construção, do fortalecimento e da consolidação do bem-estar social e da cidadania, ampliando as oportunidades para todos que compõem a diversidade cultural das comunidades onde atua.

Nascida em 2012, a iniciativa, que contou com o patrocínio à época do FAC da Secretaria de Cultura do DF, atendeu as comunidades da Vila Telebrasília (2014) e a Estrutural (2012), com aulas de artesanato (em vez de capoeira), além de percussão e danças afro.

No último sábado, 5 de maio, a 3ª edição do Kombo Arte Afro desembarcou no Sol Nascente, em Ceilândia. O palco do lançamento foi o Espaço Cultural Filhos do Quilombo (EQPN 5/1).

Ao longo dos cinco meses, de maio a setembro de 2018, crianças e adolescentes, entre 9 e 17 anos, participarão de oficinas gratuitas de percussão, dança afro e capoeira. Foram disponibilizadas 120 vagas para as aulas, que serão ministradas uma vez na semana, aos sábados, sempre das 15h às 18h.


Em setembro, o encerramento do projeto será feito com uma apresentação dos alunos para a comunidade, uma das maiores do Distrito Federal. 

por: Proativa Comunicação
redação: Nayara Sousa